Em abril de 2023, o Athletico anunciou, durante uma reunião que trouxe importantes novidades sobre a estrutura interna do clube, o balanço financeiro referente à temporada de 2022. Pela segunda vez consecutiva, o Furacão registrou superávit em suas operações.
O lucro alcançado pelo clube em 2022, mesmo sendo uma temporada de grandes investimentos em contratações, totalizou R$ 47,6 milhões. No ano anterior, em 2021, o superávit havia sido de R$ 66,2 milhões. O clube apresentou um crescimento expressivo em sua receita líquida, atingindo o montante de R$ 349,1 milhões, o que representa um acréscimo de R$ 93 milhões em comparação ao ano anterior.
Vale ressaltar que esse aumento ocorreu mesmo com a considerável redução nos direitos de transmissão, que passaram de R$ 172,7 milhões para R$ 114 milhões. Por outro lado, a receita proveniente da venda de jogadores aumentou significativamente, saltando de R$ 32,1 milhões para R$ 101,4 milhões.
Demais valores
No que diz respeito às despesas operacionais, houve um aumento substancial, totalizando R$ 320,3 milhões, quase 50% a mais em comparação à temporada anterior. As despesas com o elenco, incluindo direitos de imagem e contratações, também apresentaram um aumento. Em salários, o clube desembolsou R$ 98,4 milhões em 2022.
É importante destacar que, excluindo a situação da Arena da Baixada, o Athletico mantém um panorama financeiro muito bem controlado. A dívida total aumentou de R$ 68,6 milhões para R$ 72,1 milhões, sendo possível quitá-la com recursos disponíveis em caixa.
No entanto, considerando a dívida da Arena, a CAP/SA deve atualmente R$ 312 milhões à Fomento Paraná, valor referente aos empréstimos para a reforma do estádio. Esse montante deve ser dividido em três partes, de acordo com uma decisão do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), envolvendo Estado e Município.
Além disso, o chamado “matchday” experimentou um aumento significativo. Com o fim da pandemia, a Arena da Baixada registrou um quase quintuplicar da bilheteria.