O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, revelou que mantinha conversas com o lateral-direito Daniel Alves, ex-Barcelona e seleção brasileira, com o objetivo de trazê-lo ao Furacão. O dirigente disse, durante a coletiva de apresentação do volante Fernandinho em 2022, que ainda esperava contar com o jogador, mas admitia que a negociação era difícil, já que o atleta tinha outras propostas.
A aproximação entre os dois não era novidade. Em janeiro, Petraglia revelou que tinha tentado trazer Daniel Alves para jogar no Athletico em 2022, mas que ele tinha preferido o Barcelona. Na ocasião, o canal oficial do Rubro-Negro exibiu um vídeo de um bate-papo entre o jogador e o mandatário. O lateral, de fato, retornou ao Barcelona, mas já não estava nos planos do time espanhol.
“O sonho dele é ser convocado outra vez para a seleção, quer levantar a taça, ser o capitão. O primeiro passo, ele precisa jogar em um clube de altíssimo rendimento. Estamos competindo em três campeonatos seríssimos: Copa do Brasil, Libertadores e Brasileiro. Acho muito difícil, pelas ofertas que ele tem. Diria que é zero? Não. Mas é muito próximo disso.”
Situação na Justiça em 2023
Daniel Alves foi acusado de agressão sexual e a Justiça da Espanha pediu uma condenação de 12 anos de prisão, que é a pena máxima prevista para esse tipo de crime no país. O brasileiro, de 40 anos, está preso desde o dia 20 de janeiro.
As informações foram divulgadas por diferentes veículos espanhóis. Na semana passada, a advogada da vítima, Ester García, recusou o acordo proposto pela defesa de Daniel Alves e reiterou que qualquer delito contra a liberdade sexual causa danos morais e sequelas irreparáveis.
A defesa da vítima também solicitou uma medida protetiva que impeça Daniel Alves de se aproximar da moça por menos de um quilômetro durante 10 anos após o cumprimento da pena. O documento entregue à Justiça também requisita que o brasileiro seja monitorado após sua libertação.
O Ministério Público solicitou uma pena de nove anos de prisão para Alves. A defesa do lateral pediu sua liberdade, mas foi negada pela quarta vez desde sua prisão. Nesta terça-feira, foi a vez da defesa da vítima apresentar seus argumentos e pedir uma pena de 12 anos. Diante da falta de acordo, a Justiça da Espanha deve marcar o julgamento em breve, sem a presença de júri popular.